O que é preocupação?
É ocupar-se antecipadamente de algo, ou ficar pensando em algo que pode ou não ocorrer. Olhando por esta perspectiva, a preocupação pode ser construtiva, porque nos mantém alertas e nos move no sentido de nos adaptarmos à realidade, para buscar uma solução para um problema antes mesmo de que ele ocorra.
Mas, a preocupação na maior parte das vezes, produz em nós pensamentos e temores, que invadem a nossa mente e muitas vezes nos paralisam. Nosso cérebro começa a liberar substâncias que são enviadas para o corpo e que podem ocasionar mal-estar físico e emocional e por consequência, afetar nosso comportamento. Alguns estudos afirmam que podem aparecer, também, estados de inquietude, nervosismo, desespero, tristeza, culpa ou inveja.
Qual a diferença entre preocupação e ansiedade?
As preocupações e a ansiedade podem estar presentes em nossas vidas como um motor que nos move a buscar soluções diante dos problemas. A diferença entre preocupação e ansiedade é que a preocupação se refere a pensamentos em torno de coisas que precisamos resolver, enquanto a ansiedade é uma reação do nosso organismo diante das coisas que representam um perigo ou uma ameaça.
Por exemplo: as preocupações com a saúde, com a segurança, com as necessidades básicas de alimentação, podem evoluir para um estado de ansiedade, se não resolvermos estas questões, porque elas acabam se tornando uma ameaça à nossa vida.
Podemos dizer que tanto as preocupações como a ansiedade podem estar presentes em nossa vida, e isso é algo normal até certo ponto. Mas, se elas se tornam persistentes, se não podemos controlar cada uma delas e persistem, podem tornar-se um problema de saúde mental e física.
Dicas para trocar as preocupações por ocupações:
Focar na ação: quando estamos ocupados com atividades produtivas, nossa mente se concentra em tarefas concretas e práticas. Isso pode ajudar a reduzir a murmuração sobre problemas e preocupações que não podemos resolver imediatamente.
Sentido de propósito: ter ocupações vai nos dar um sentido de propósito e realização. Isso é importante para nossa saúde mental, pois nos sentimos úteis e eficazes quando estamos fazendo algo produtivo.
Controle sobre a situação: enquanto preocupações muitas vezes envolvem situações que estão além do nosso controle imediato, ocupações geralmente são atividades que podemos influenciar diretamente. Isso nos dá uma sensação de controle sobre nossa vida.
Redução do estresse: ocupar-se com atividades físicas, criativas ou intelectuais pode ser uma forma eficaz de reduzir o estresse. Isso ocorre porque atividades ocupacionais podem liberar endorfinas e ajudar a regular nossas emoções.
Tempo produtivo: ao trocar preocupações por ocupações, estamos usando nosso tempo de maneira mais construtiva. Isso pode melhorar nossa eficiência e até mesmo abrir espaço para soluções criativas e para resolver os problemas que estamos enfrentando.
A preocupação pode levar à procrastinação, à evitar as situações desafiadoras e à falta de iniciativa, o que pode prejudicar nosso crescimento pessoal e profissional. É importante ressaltar que ocupações não significam necessariamente se distrair dos problemas permanentemente, mas sim encontrar um equilíbrio saudável entre lidar ativamente com desafios e reservar tempo para relaxamento e autocuidado.
Então… com o que você está preocupado?
Sua preocupação vai resolver o problema ou aumenta-lo? Há alguma coisa que você possa fazer agora para mudar a situação? Se a resposta for “Sim”, dê um jeito de fazer o que precisa ser feito. Se a resposta for “Não”, você precisa olhar a situação por outra perspectiva.
Lembre-se: há várias formas de cuidar de nossas emoções, de nossa área mental e física. Mas, se você tem sentido preocupações que se apresentam cada vez mais fortes, gerando estresse e angústia, e sentindo que você não dá conta delas, procure um especialista, um psicólogo ou um psiquiatra, que poderão ouvir você, orientar corretamente e dar o tratamento adequado, caso seja necessário.